Era uma vez….
….duas fábricas de calçado, a Pantufas e a Biqueira d’Aço, empresas familiares, ambas com 30 anos de existência.
A Pantufas tem o Sr. Carlos como sócio gerente e a Biqueira d’Aço o Sr. César, irmãos e fundadores de cada uma das empresas.
O Sr. Carlos, de 60, tem 2 filhos: o Paulo e a Paula. A Paula tem 30 anos, é médica e tem o seu consultório privado, gosta do que faz e é muito feliz a tratar os seus pacientes. O Paulo, com 28 anos, tirou Gestão e estagiou numa metalomecânica, onde descobriu que gostava de ser engenheiro de produção nessa área. Neste momento, trabalha na Pantufas, mas sente que não pode fazer muito mais como Diretor Financeiro porque o seu pai limita muito as suas decisões. Já tentou ir para Diretor de Produção, mas o Sr. Carlos acha que o Paulo ”tem é de mexer nos papéis e ficar no escritório; as máquinas são para quem sempre trabalhou nos sapatos e já tem muitos anos de experiência”. Por isso, quando o Paulo esteve à frente da Produção, era constantemente desautorizado pelo pai.
Os 2 estão em constante conflito. O Paulo quer começar a perceber mais do negócio, ganhar mais experiência, autoridade e capacidade de decisão e acha que deve pedir ajuda externa. O Sr. Carlos acha que o filho deve seguir os seus passos, mas não confia em ninguém, senão nele próprio, para “dar corda aos sapatos” da Pantufas.
Na Biqueira d’Aço, trabalham o Sr. César e a sua filha Luisa, de 30 anos. O Luís, o seu filho mais novo, ainda está no 10º ano e quer seguir veterinária. A Luisa licenciou-se em Economia e trabalha com o pai há 10 anos. Começou na linha, durante as férias e nos dias livres de aulas. Já sabe fazer de tudo um pouco e neste momento é Diretora Financeira da Biqueira d’Aço. A Luisa também já foi Comercial da empresa durante 5 anos, onde conheceu muitos clientes e fornecedores atuais.
O Sr. César é cauteloso e metódico e sabe que “passar o testemunho” é um processo longo, que deve ser preparado com antecedência, planeado e consistente. O Sr. César foi delegando algumas responsabilidades e decisões na filha, mas sabe que ainda lhe falta muito para ficar apta para assumir a gestão total da empresa. Além disso, está a pensar numa opinião externa para que a sua sucessão seja bem sucedida.
Estas histórias, embora fictícias, retratam situações reais com as quais nos cruzamos diariamente. Qual destas empresas estará no caminho certo?
A resposta a esta questão foi abordada no webinar:Estratégia para a sucessão nas empresas familiares, realizado no dia 6 de outubro. Se não teve oportunidade de assistir, pode ver o vídeo aqui.