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Contrafacção ascende a 500 mil milhões do comercio mundial

quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Contrafacção ascende a 500 mil  milhões do comercio mundial

A contrafacção é um flagelo internacional que se agrava a cada dia que passa. Segundo dados do Comité Anticontrafacção da European Communities Trade mark Association (ECTA),  associação que representa empresas com marcas registadas, que tem mais de 1500 membros e que está credenciada para fazer lobbying junto da União Europeia, que reuniu no final de Outubro no Porto, por cada cem euros que são transaccionados em todo o mundo, uma pequena grande fatia, de entre cinco a sete euros, é tomada pela economia paralela, dos produtos pirateados e contrafeitos.

Acresce que se estima que, na União Europeia, se tenham perdido cem mil postos de trabalho por causa da contrafacção e da pirataria. 

Segundo o Presidente da ECTA, Simon Reeves, "este é um problema não só europeu, mas mundial. É transversal a todas as economias". Por isso, as preocupações desta associação passam pela pressão junto das instâncias europeias para que "aumentem os produtos confiscados como forma de dissuasão e afinem as estratégias de combate à pirataria".

O continente asiático continua a ser o principal emissor de produtos contrafeitos, seja na área da moda, da electrónica ou dos produtos farmacêuticos. O continente africano também assume uma quota relevante na pirataria de alguns produtos. Para Simon Reeves "são as regras apertadas da Europa e dos Estados Unidos que impedem uma maior proliferação desta actividade".

Cópias preocupam calçado em Portugal
À medida que o sector de calçado vai evoluindo para modelos de negócio mais complexos e, em particular, as empresas vão investindo e sendo conhecidas no plano internacional pelo carácter inovador do seu design, novos problemas se colocam. Nos últimos meses, são várias as empresas que têm recorrido ao Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial (GAPI) do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP). É que as cópias e mesmo a contrafacção preocupam, cada vez mais, os empresários portugueses.

Desde 2002, o número de empresas que recorreu ao GAPI (já ascende a 372. Foram, nesse período, criadas 115 marcas nacionais, 42 comunitárias e 21 internacionais.

 O grau de inovação do sector é, por um lado, atestado pelas 18 patentes que o sector registou à escala internacional. O design é, por outro lado, um factor cada vez mais decisivo para as empresas, ao ponto de terem sido registados 1226 modelos de calçado distintos. Só este ano, foram criadas 25 novas marcas, 233 modelos, 3 patentes, tendo investido neste processo 68 empresas distintas. 

Fonte: Jornal APICCAPS.out09
1630

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