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E se em breve for ao sapateiro colocar solas anti-virus?

segunda-feira, 26 de abril de 2021
Um novo material está a ser apresentado ao mercado: uma borracha com capacidade de reduzir 99% das partículas virais que os seus pés pisam. Coronavirus incluído
E se em breve for ao sapateiro colocar solas anti-virus?

Há um novo produto a ser apresentado ao mercado que pretende dar luta à sobrevivência do coronavírus. Trata-se de uma nova borracha destinada ao fabrico de solas, que incorpora um agente antimicrobiano capaz de anular o crescimento de qualquer vírus, assim como todo o tipo de bactérias e fungos. “Este material aplicado em solas, reduz o risco de transmitir micro-organismos patogénicos de superfícies contaminadas através do calçado”, conta à VISÃO Luisa Sousa, que tem a seu cargo a direção geral da unidade Monteiro Footwear, do Grupo Monteiro Ribas, que fabrica placas de borracha para a indústria de solas.

Este material pode ser o ideal para usar em solas de calçado destinado a grupos profissionais mais expostos a riscos sanitários, como o pessoal hospitalar, mas também a todos aqueles que trabalham na área agroalimentar (como cantinas), higiene urbana ou militar. Pode ainda ser aplicado no calçado ortopédico ou de conforto, nas suas socas ou chinelos feitos à medida. E pode vir a ser trabalhado para o chamado calçado ‘outdoors’, ou seja, aquele que usamos nas nossas caminhadas ou corridas, que percorrem todo o tipo de terrenos. Mas, melhor do que tudo isso, é que, sendo vendido em placas, pode ser disponibilizado aos sapateiros de bairro, o que permitirá que pode um dia pedir este produto para substituir as suas meias-solas habituais quando recupera calçado já usado. “E não ficará muito mais caro”, garante Luisa Sousa.

As propriedades desta nova borracha tiveram já a certificação necessária (ISO 21702:2019) perante os padrões europeus. De acordo com o relatório laboratorial, as amostras foram testadas com o alfacoronavírus, “a partícula viral pertencente à família que representa um bom modelo de vírus”, tendo concluído que se verifica “a redução de 99% de partículas virais”. De acordo com Luisa Sousa, “mesmo com o desgaste, a borracha não perde esta capacidade, pois o agente microbiano está embebido na matriz do material, não é superficial”. Assegura ainda que se trata de um agente não tóxico “amplamente testado, sendo usado até para utensílios na indústria alimentar”.

Ver artigo completo na revista visão AQUI.


Fonte: Revista Visão
1947

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