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Lemon Jelly alarga reciclagem à recolha de calçado antigo

terça-feira, 10 de março de 2020
Lemon Jelly alarga reciclagem à recolha de calçado antigo

A marca portuguesa de sapatos de plástico lançou, há um ano, uma linha de reciclados, na qual vai incorporar uma etiqueta NFC para que o cliente saiba a composição do produto

O projeto, que visa implementar uma estratégia de “total transparência” para com os clientes, permitirá que estes, ao receberem o seu novo par de sapatos reciclados, possam, mediante um scan à etiqueta NFC-Near Field Communication, saber no seu telemóvel “quais são os vários componentes que integram o sapatos e qual a sua composição exata”, explica Catarina Vestia, responsável de vendas da marca. Os forros, por exemplo, incorporam 60% de garrafas de plástico recicladas. E a linha Wasteless tem sempre que integrar “mais de 50%” de resíduos. Uma estratégia que está a ser alargada ao resto da marca. “A linha de reciclados representou, no primeiro ano, 5% da coleção, mas o objetivo é aumentar essa percentagem. E estamos a incorporar cada vez mais reciclados em toda a coleção. As solas pretas, por exemplo, já são feitas com 20% de resíduos”, diz Catarina Vestia, que garante que o mercado está a receber esta aposta de forma “muito positiva”.  Exemplo disso são as parcerias crescentes que a marca tem vindo a implementar, como a Lemon Jelly by Bonpoint, a linha de verão criada para esta cadeia francesa de moda infantil, ou com o Le Bon Marché, do grupo Louis Vuitton.

E a partir de setembro, com a chegada às lojas na nova coleção de outono/inverno, a Procalçado fecha o ciclo que iniciou em 2013, com o lançamento da Lemon Jelly (referência ao cheirinho a limão dos produtos da marca), começando a recolher os modelos mais antigos. “Acreditamos verdadeiramente que sapatos de plástico, graças às suas capacidades de reciclagem quase ‘intermináveis’, podem ter um grande papel a desempenhar no futuro da moda”, diz José Pinto, CEO da empresa. 

Um projeto piloto que pretende envolver todos os retalhistas que assim o desejarem, mas cujos pormenores, designadamente em termos de questões burocráticas, fiscais e logísticas nos vários países, estão ainda a ser desenhados. “Nem todos os retalhistas estão preparados para isto, mas já temos algumas adesões, sobretudo na Alemanha e em França. Vamos ver como é que, na prática, tudo isto se vai articular”, diz José Pinto. 

Definido está já que a devolução de usados poderá ser feita através do “site” da Lemon Jelly e que os clientes receberão “um desconto especial” na compra de um novo par. “A economia circular é uma responsabilidade real que, mais cedo ou mais tarde, se vai tornar numa obrigação. O que estamos a fazer é prepará-la desde já, sendo que temos a vantagem do nosso calçado não incorporar produtos muito diversos”, sublinha.

Ver artigo completo do Dinheiro Vivo AQUI.

Fonte: Dinheiro Vivo,07mar.2020
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