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O capital de saber fazer e a reputação da indústria têm de ser as bases para o futuro

quinta-feira, 30 de julho de 2020
Ministro da Economia na Tomada de Posse dos novos Órgãos Sociais da APICCAPS
O capital de saber fazer e a reputação da indústria têm de ser as bases para o futuro

O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital presidiu, no dia 29 de julho, à Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais da APICCAPS, em Felgueiras. Pedro Siza Vieira deixou uma palavra de confiança, assegurando que o sucesso do setor está dependente do seu saber-fazer e da sua reputação.

“Fiquei particularmente inspirado pelas palavras do, agora reconduzido, presidente da APICCAPS. O capital de saber fazer e a reputação que a nossa indústria estabeleceu têm de ser as bases para o sucesso futuro deste setor”.

O Ministro começou por enquadrar aqueles que são os desafios estruturais da indústria, “nos últimos  anos temos identificado e temos trabalhado em articulação com a APICCAPS, e com toda a fileira da moda, a possibilidade de continuarmos a trabalhar nas prioridades definidas pelo próprio setor para os próximos anos: a forma como se faz a comercialização, como se contacta com os consumidores, e como se produz; a capacidade adaptação dos processos e dos produtos às preferências dos consumidores, agora mais orientados para questões da sustentabilidade, a eficiência de processos para conseguir assegurar a competitividade, a forma como se projeta e desenvolve o produto”.

A estes desafios anteriores soma-se, agora, a propagação mundial pandemia. “Além dos desafios estruturais que o setor enfrentava, abate-se esta dificuldade, colocando mais pressão nas empresas. É um momento particularmente difícil. A quebra muito abrupta da procura global em todos os setores coloca dificuldades a todas as empresas, em todos os setores, particularmente naqueles mais dirigidos ao consumo e, mais especificamente, aos setores que produzem bens que os consumidores utilizam mais frequentemente quando se deslocam. Logicamente, em casa, não compramos sapatos”.

No entanto, o responsável pela pasta da economia, deixou palavras de confiança. “Isto não dura para sempre. Temos uma  certeza: a humanidade vai ultrapassar isto.  Todas as projeções internacionais apontam que o pior desta contração económica violenta já ficou para trás. Vamos assistir a uma retoma, que será naturalmente mais lenta em alguns setores e mais rápida noutros, vai ser muito desigual e incerta, mas vai acontecer”.

“Vamos atravessar momento difíceis. O primeiro embate desta pandemia sobre as empresas foi crítico: encerramento da atividade, quebra muito abrupta das exportações e uma grande necessidade de adaptar locais de consumo e de fabrico às necessidades de proteção que agora enfrentamos. Vão ser meses em que as empresas vão precisar de continuar a construir resiliência, mas vão contar também com a articulação  próxima das instituições públicas, de forma a conseguirmos desenhar estratégias para lidar com o embate desta quebra muito significativa da procura, continuando a construir, assim, o futuro que este setor merece.
A esse propósito, Pedro Siza Vieira garantiu que os apoios europeus serão uma oportunidade de crescimento para as empresas. “Os recursos que teremos disponíveis para a próxima década, 60 mil milhões de euros, provenientes da União Europeia, são absolutamente inéditos em dimensão e em flexibilidade de utilização. E aqueles que têm mais capacidade para estar mais estruturados e articulados são aqueles que poderão melhor desenvolver o plano de investimento para os próximos anos”.

A defesa do comércio livre
A defesa de um comércio livre e justo dentro da União Europeia é também uma prioridade para Portugal. De acordo com Siza Vieira, “Portugal colocou no programa do trio da presidência que agora integra (com a Alemanha e a Eslovénia) a questão da revisão das linhas gerais de comercialização da UE. Temos defendido no Conselho Europeu que as empresas europeias enfrentam no acesso ao mercado interno da União a concorrência de produtores que não estão sujeitos aos mesmos encargos (que se refletem em custos de produção), decorrentes das muito exigentes regras ambientais que a UE impõe à industria. As exigências sociais e laborais, tão importantes para assegurar a prosperidade da nossa comunidade, não são aquelas que os concorrentes  fora da UE enfrentam”.

Fonte: APICCAPS
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