Notícias

Rfid vigia cadeia logística

segunda-feira, 11 de abril de 2005

Rfid vigia cadeia logística


A tecnologia Rfid (Radio Frequence Identification) deverá contribuir para a aceleração do fluxo de mercadorias. É no domínio da logística que estão a ser efectuados os primeiros projectos-piloto e é aqui que têm origem os primeiros feitos. A Tesco, um dos maiores grossistas britânicos, decidiu recentemente equipar as portas dos seus armazéns e os seus pontos de recepção de mercadorias com vários milhares de leitores e de antenas Rfid.
Também na Grã-Bretanha, a Marks & Spencer – uma das cadeias mais avançadas neste domínio, em conjunto com a alemã Metro – encetou recentemente uma nova etapa ao anunciar a extensão dos seus testes Rfid, a partir da Primavera de 2006, a mais 53 lojas (contra 6 em 2004) e a novos artigos têxteis. Até ao momento, estes testes eram apenas realizados em fatos de homem e camisas. Desta vez, vários milhões de etiquetas Rfid passivas serão integrados em códigos de barra de fatos de homem, tailleurs de senhora e soutiens. Estas etiquetas, equipadas com chips da Paxar – consideradas “passivas” porque contêm uma identificação única para cada artigo e não emitem qualquer sinal mas podem ser lidas pelas antenas a uma distância de cerca de 70 cm –, serão colocadas na fonte, a partir já do próximo Verão, pelos fabricantes de vários países do mundo. Com esta medida, a M&S visa um maior controlo e aceleração dos fluxos de mercadorias entre os seus fornecedores, os seus entrepostos e as lojas, assim como ter uma melhor visibilidade dos artigos nas suas lojas e nas suas reservas.
Em França, a empresa transportadora Sernam está a realizar, pelo seu lado, um primeiro piloto com a IBM junto dos clientes que utilizam o seu serviço de entrega nocturno. «Escolhemos esta actividade porque representa um pequeno perímetro», sublinha Vincent Banchet, director dos sistemas de informação na Sernam. «É uma tecnologia ainda onerosa, e não queremos efectuar investimentos massivos. Deste modo, para que a tecnologia Rfid seja operacional, é necessário que um mínimo de unidades esteja equipado com antenas, leitores, etc.».
O objectivo da Sernam é validar a tecnologia e medir o seu nível de desempenho. Foi possível observar, por exemplo, que as etiquetas – que são imprimidas nas suas instalações ou nas dos seus clientes e equipadas com um chip Rfid logo na impressão – tinham tendência a descolar-se, a baixa temperatura, da mercadoria. «É importante detectar este tipo de falha», declara Vincent Banchet. Este piloto deverá também permitir verificar se os níveis de leitura são coerentes e integrar esta tecnologia no meio, encontrando a melhor localização para os pórticos de leitura, por exemplo.
Por seu lado, a Manhattan Associates acompanha já uma quarentena de clientes nos EUA neste domínio e lança vários pilotos na Europa. «A nossa solução, visível no L’Echangeur, em Paris, está já operacional e é proposta em standard», revela Henri Seroux. «A encomenda é passada a um fabricante. Este prepara a sua expedição utilizando uma impressora ligada à Internet. Um ficheiro electrónico é constituído e a impressora programa directamente o chip».

Quanto à Paxar, acaba de conceber um novo sistema de leitura giratório que apresentará no Salão Sitl, e que permite ler os artigos colocados dentro dos cartões numa palete. Este sistema – mais fiável do que um pórtico, pois as «ondas UHF não apreciam as deslocações lineares», como explica Alain Sevaux, director de desenvolvimento Rfid na Paxar – é capaz de ler 200 cartões em 2 minutos e cerca de 50 em 30 segundos. «É uma ferramenta interessante para as empresas têxteis que fazem poucas variações», afirma Alain Sevaux. «Muitas vezes, as paletes são realizadas de forma heterogénea, sendo necessário ler os cartões um a um quando o transportador chega e antes de serem expedidas. Com este novo sistema, não é necessário decompor a palete».
 

Fonte: Porugal Têxtil, 11.Abr.05
1602

Voltar

Relacionado